Exportações do agronegócio mineiro batem novos recordes 

Valor de US$ 9 bilhões, registrado entre janeiro e julho de 2022, é o maior da série histórica; dado representa 46,5% de avanço em relação ao mesmo período do ano passado 

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As exportações do agronegócio mineiro registram novo recorde, no acumulado de janeiro a julho de 2022, gerando a receita de US$ 9 bilhões, conforme as estatísticas do Ministério da Economia. O valor representa um avanço de 46,5% em comparação aos sete primeiros meses de 2021. Os dados para o período são os maiores da série histórica, verificada desde 1997.  

Segundo o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, os resultados positivos demonstram a relevância do agro para a balança comercial de Minas Gerais. Atualmente, o segmento é responsável pela fatia de 37,7% da receita estadual com o comércio exterior. 

"Para se ter uma ideia, em 2021, os produtos agropecuários de Minas comercializados fora do país geraram US$ 10,4 bilhões durante o ano todo. Em 2022, nós estamos com uma base de mais de US$ 1,2 bilhão por mês, um número muito significativo", analisa Fernandes.  

Em termos de volume, foram exportadas 8,2 milhões de toneladas, um acréscimo de 0,9%. O aumento nos valores é justificado, portanto, pela alta de 41% do preço médio da tonelada das commodities agrícolas, hoje em U$ 1.097,26. "O que nós estamos percebendo é uma valorização dos principais produtos da nossa pauta exportadora", sintetiza o secretário de Agricultura. 

Ao todo, 164 países importaram a produção agropecuária de Minas. China (US$ 2,9 bilhões), Estados Unidos (US$ 968 milhões), Alemanha (US$ 869 milhões), Bélgica (US$ 463 milhões), Itália (US$ 416 milhões) e Japão (US$ 276 milhões) foram os maiores compradores no intervalo em análise.  

Principais produtos 

O café permanece como o principal produto agrícola mineiro em exportações, com 43,8% das vendas do agronegócio estadual no mercado externo, receita total de US$ 3,9 bilhões e 16,3 milhões de sacas embarcadas. Os números refletem um aumento de  68% no valor e uma queda de 1,2% no volume. Enviado para cerca de 80 países, teve os Estados Unidos como maior porta de entrada (US$ 822 milhões).  

Em segundo lugar no ranking está o complexo da soja, com  29,7% de participação, US$ 2,7 bilhões em receita e 4,4 milhões de toneladas. O grupo é composto pelos itens grão, farelo e óleo e tem a China como destino predominante, com 78% dos embarques. A alta demanda chinesa se deve à grandiosa população e à necessidade de recuperação dos rebanhos suínos, dizimados pela peste suína africana. 

A seguir, estão as carnes, que equivalem a 11% do comércio internacional do agro, com US$ 989 milhões e 242 mil toneladas. O acréscimo em relação ao período anterior foi de 47,9% na receita e 13,7% no volume. A China é também o mais notável parceiro comercial do setor, com 75% da demanda por proteína bovina. As compras chinesas, ampliadas em 54% na comparação com o acumulado de janeiro a julho de 2021, são traduzidas em US$ 754 milhões e 125 mil toneladas. O país adquiriu ainda 23% do frango mineiro, o equivalente a US$ 204 milhões e 102 mil toneladas. 

Outros destaques são o complexo sucroalcooleiro (açúcar de cana, álcool e demais açúcares), com US$ 584 milhões e 1,5 milhão de toneladas embarcadas, e os produtos florestais (celulose, madeira e papel), com receita de US$ 465 milhões, decorrentes da comercialização de 814 mil toneladas.   

*Este conteúdo foi produzido durante o período de restrição eleitoral e publicado somente após a oficialização do término das eleições.



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