Exportações do agro mineiro abrem 2023 com novo recorde e somam US$ 961 milhões em janeiro

Com crescimento de 6,3%, melhor resultado para o mês na série histórica é impulsionado pela valorização das commodities  

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As exportações do agronegócio mineiro alcançaram US$ 961 milhões em janeiro, com crescimento de 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado indica recorde de melhor performance para o mês de janeiro da série histórica, acompanhada desde 1997.  O bom resultado também foi registrado em relação ao volume, com o embarque de 680 mil toneladas e crescimento de 0,6%. 

“As exportações de Minas estão sendo beneficiadas pela valorização das commodities. O preço médio da tonelada apresentou alta de 5,6%”, aponta o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes.  

Os produtos foram enviados para 133 países. Os principais destinos foram China (US$ 186 milhões), Alemanha (US$ 132 milhões), Estados Unidos (US$ 113 milhões), Itália (US$ 50 milhões) e Japão (US$ 49 milhões), respondendo por 55,4% da receita.  

A pauta foi liderada pelas vendas de café (55%), produtos florestais (13%), carnes (12%), complexo sucroalcooleiro (10%) e complexo soja (5%).  

Café  

O principal item da pauta exportadora do agronegócio mineiro alcançou a receita de US$ 523 milhões, representando quase 55% da receita das vendas externas. O café foi enviado para 66 países, liderados pela Alemanha (US$ 112 milhões). A França se destacou no ranking dos países importadores, com o aumento de 123% de suas compras de café, posicionando-se entre os sete principais destinos do produto.   

Produtos Florestais  

O aumento significativo das vendas de produtos florestais (celulose, madeira e papel) levou o segmento a sair da quinta posição que ocupa regularmente no ranking para o segundo lugar na pauta exportadora do agro mineiro.   

A receita alcançou US$ 123 milhões (+114%) com o embarque de 149 mil toneladas (+20%). A celulose é o principal produto do segmento e puxou o crescimento das vendas. A China é a principal importadora de celulose e se destacou na aquisição deste produto.   

Carnes  

 As carnes também mantiveram boa performance e todas as proteínas (bovina, frango e suíno) apresentaram crescimento. As vendas somaram US$ 114 milhões e 32 mil toneladas comercializadas. O aumento foi de 12% e 18%, no valor e volume, respectivamente.   

O setor de bovinos liderou as vendas com US$ 81 milhões e 17 mil toneladas. A China é o principal parceiro comercial nesse segmento e ampliou em 47% as compras, na comparação com o mês de janeiro do ano anterior.  

O setor de frango totalizou US$ 29 milhões e 18 mil toneladas. O mercado chinês responde por 36% das compras dessa proteína animal.   

As exportações de carnes suínas totalizaram US$ 3,6 milhões e 2,5 mil toneladas. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o aumento foi de 41% no valor e 22% no volume. O Uruguai manteve a liderança das compras, enquanto o Vietnã ultrapassou Hong Kong pela 2ª posição no ranking.  

Complexo Sucroalcooleiro  

Composto por vendas de açúcar de cana, álcool e demais açúcares, o grupo obteve receita de US$ 96 milhões, com a comercialização de 217 mil toneladas. O açúcar, principal componente, registrou aumento de 74% no valor e 32% no volume. Iêmen e China lideraram as compras da commodity.  

Complexo Soja  

As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) registraram US$ 45 milhões de receita e 59 mil toneladas embarcadas. Normalmente segundo colocado no ranking dos produtos exportados, o grupo registrou queda no valor (-57%) e no volume (-67%), devido ao período da baixa oferta da soja, que ainda está no início da colheita no país. O farelo de soja foi o item mais comercializado com US$ 21 milhões e o embarque de 22 mil toneladas.  

 



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