Experiência internacional contribui para aperfeiçoar práticas educacionais

Ao retornar de intercâmbio nos Estados Unidos, professores desenvolvem atividades com estudantes

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Professora Josiane Ferreira - Crédito: Arquivo Pessoal

Professores da rede estadual de ensino selecionados para participar do Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa nos EUA (PDPI) tiveram a oportunidade de aprimorar, durante seis semanas, o conhecimento em outro país. E o resultado de todo o aprendizado já está sendo refletido em sala de aula. Idealizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Fulbright, a iniciativa visa fortalecer o domínio das quatro habilidades linguísticas: compreender, falar, ler e escrever em inglês.

“Foi uma oportunidade maravilhosa. Cheia de conhecimentos enriquecedores que já estou usando nas minhas aulas. Estou usando os planos de aula que ficaram disponíveis no sistema da faculdade onde estive e também as metodologias para incentivar o aluno a perder o medo do idioma, técnicas para cuidar da voz e aspectos da cultura dos EUA”, conta Josiane Ferreira, professora das escolas estaduais Carlota de Andrade e Humberto de Campos, no município de Itanhomi (Rio Doce), que participou da iniciativa.

Antes de viajar para o intercâmbio, o professor da Escola Estadual Guimarães Rosa, no município de Lontra (Norte de Minas), Paulo Francisco Barbosa Junior, tinha como objetivo incrementar o projeto “Dia da Língua Inglesa”, que é desenvolvido na escola. “No início de setembro vou me reunir com a equipe da escola para planejarmos o projeto deste ano. Creio que muita coisa que vi lá será útil aqui”, vislumbra. O projeto incentiva os estudantes a pesquisarem sobre vários temas relacionados aos países de Língua Inglesa e também conta com apresentações artísticas e exposições.

Professor Paulo Francisco Barbosa - Crédito: Arquivo Pessoal

Professora há 18 anos, Flavia Roberta Alves Pinto também foi uma das selecionadas para fazer a capacitação. Ela conta qual foi a principal lição que trouxe do intercâmbio. “Para mim, foi o aprendizado cultural. Além disso, várias atividades tinham o professor como mediador do conhecimento”, conclui a educadora da Escola Estadual Alaíde Lisboa de Oliveira, em Belo Horizonte.

Educação Física

O professor de Educação Física na Escola Estadual Israel Pinheiro, de Governador Valadares, Idélcio Fernandes Pereira, também participou de uma experiência de formação internacional. No caso dele o intercâmbio é no Canadá. Pela relevância do projeto “Jogos Cooperativos: uma proposta para mediação de conflitos”, que é desenvolvido na escola onde atua, ele foi selecionado para participar do Programa de Desenvolvimento Profissional de Professores da Educação Básica da Capes.

Os jogos cooperativos já faziam parte das aulas de Idélcio para os alunos do 6º ao 9º ano, mas eram esporádicos. Agora que as metodologias estão alinhadas em um trabalho escrito, passarão a fazer parte do plano político pedagógico de toda a escola.

“Um dos jogos é o “Nó Humano”, em que os alunos se dão as mãos em uma grande roda e precisam memorizar quem segura cada uma das mãos. Depois andam livremente no meio desse círculo e, em determinado momento, eu peço para pararem onde estão e, sem sair do lugar, dar novamente as mãos às mesmas pessoas. Se eles fizerem isso e colaborarem para que os outros também consigam é possível voltar à grande roda que foi feita no início”, explica Idélcio.



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