Estudo investiga perda de proteínas no leite cru refrigerado
dentificação da baixa qualidade microbiológica reforça importância de boas práticas na produção
Projeto coordenado pela pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) Cláudia Lúcia de Oliveira Pinto demonstrou o alto potencial de micro-organismos na deterioração das proteínas do leite, além de reforçar a importância da adoção de boas práticas durante todo o processo produtivo.
Para garantir a qualidade do leite cru refrigerado antes do processamento, o estudo utilizou uma técnica para separação de moléculas (Eletroforese em gel poliacrilamida) para detectar perdas proteicas. Com a metodologia proposta, o projeto busca contribuir para prevenção de contaminações microbianas.
As chamadas bactérias psicrotróficas são as principais causadoras de comprometimento ao leite cru refrigerado. Isto porque são capazes de se desenvolver e se multiplicar em temperaturas inferiores a 7oC, até mesmo a 2ºC.
Os resultados do estudo permitiram alertar os integrantes da cadeia produtiva sobre a importância da implementação e adoção das boas práticas de produção, armazenamento, transporte e processamento para prevenir perdas da qualidade do leite e de seus derivados. A utilização de leite de baixa qualidade microbiológica impacta diretamente na qualidade dos produtos lácteos.
“O comprometimento da composição do leite e da qualidade sensorial dos produtos (sabor, aroma, textura, consistência, por exemplo), além de perdas de rendimento consideráveis, traz perdas econômicas para produtores e indústrias. Com prejuízos também para consumidores que terão acesso a produtos de baixa qualidade”, enfatiza Cláudia.
O projeto teve o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e a participação de instituições como o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia Sudeste - Campus Rio Pomba, parceria com o professor Maurílio Lopes Martins, e as Universidades Federais de Viçosa (UFV) e de Juiz de Fora (UFJF).