O Estado de Minas Gerais, por meio da Empresa da Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), está intensificando ações de combate ao greening em várias regiões do estado. 

A partir de quarta-feira (5/7) começa série de capacitações para os técnicos da empresa sobre prevenção e controle daquela que é considerada a mais grave doença que afeta a citricultura.

O primeiro encontro será em Lavras, no Sul de Minas, com a presença de, aproximadamente, 15 técnicos da Emater-MG. 

E também ocorrem em outras importantes regiões produtoras de citros: no Triângulo Mineiro, em 13/7, e nas regiões Zona da Mata e Campo das Vertentes, em agosto. 

Também está previsto um segundo treinamento no Sul, para os técnicos que atuam nos municípios próximos a Alfenas e Pouso Alegre.

Estratégia

O coordenador estadual de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio, explica que as capacitações para o controle do greening fazem parte da estratégia da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) para o combate à doença em Minas Gerais. 

“Esta capacitação é para que nossos técnicos tenham ciência da gravidade da doença e repassem as informações para os produtores. A essência do treinamento diz respeito a ações para evitar a entrada do greening nos municípios. E, nos locais em que a doença já esteja presente, quais devem ser os procedimentos. Entre eles, eliminar a planta contaminada, enviar amostras para laboratório, com acompanhamento de órgãos de defesa vegetal”, explica Sanábio.

Além do coordenador de Fruticultura da Emater-MG, o treinamento contará com a participação de especialistas do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Universidade Federal de Lavras (Ufla).

Greening
 

Ainda não existe cura para o greening. Nas plantas contaminadas pela bactéria que causa a doença, ocorrem a deformação, a maturação irregular, queda das frutas e morte das plantas. Ele é de difícil controle, já que é disseminado por inseto que contamina as plantas com a bactéria ao sugar a seiva.

A doença surgiu no país em 2004. Em Minas Gerais ocorreu primeiro nas regiões Sul e Triângulo Mineiro, que fazem divisa com São Paulo. No decorrer dos anos, a incidência do greening vem aumentando em número de municípios e avançando para outras regiões do estado.

“A ação da bactéria é mais drástica na tangerina. Mas também prejudica lavouras de limão e laranja. O fruto fica deformado, sem semente, com menor teor de suco. Além disso, a planta vai definhando até morrer. Com a queda de produção, o agricultor começa a ter problemas financeiros”, alerta o coordenador da Emater-MG.

Entre as medidas de controle está o uso de mudas sadias e de viveiros certificados, eliminação das plantas com os sintomas da doença e das que estão próximas a elas, além do controle do inseto que transmite a doença. “Mais pulverização para o controle do inseto requer recurso. Isso afeta diretamente o custo de produção. Pode até inviabilizar a atividade.
Por isso é importante ter conhecimento das características da doença e de como evitá-la”, diz Deny Sanábio.