Encontro inédito no estado debate desafios dos bancos de desenvolvimento

Evento na capital mineira reunirá economistas e gestores de vários países e terá painéis abertos ao público

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O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) sedia, nos dias 19 e 20 de setembro, o 1º Encontro de Economistas-Chefe dos Bancos de Desenvolvimento da América Latina. Realizado em parceria com a Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras para o Desenvolvimento (Alide), e com patrocínio do BID, o evento busca fortalecer o relacionamento com instituições de desenvolvimento nacionais e internacionais para o intercâmbio de experiências e cooperação técnica.

Nos dois dias de evento, serão realizados debates com especialistas sobre temas que influenciam a atuação dessas instituições de fomento, como novas tecnologias, sustentabilidade e medição de impacto das ações na sociedade.

 

“Há um debate global sobre o papel dos bancos de desenvolvimento, envolvendo questões como a transformação digital e novas tecnologias aplicáveis ao setor, diversificação de funding e novos parâmetros de sustentabilidade. Tudo isso em meio a um contexto econômico complexo e desafiador. Sediar um evento dessa importância mostra que as diretrizes que norteiam a atuação do BDMG estão em consonância com o que organizações internacionais vislumbram para o futuro das instituições de fomento”


Sergio Gusmão
Presidente do BDMG e membro do Conselho Diretor da Alide


Entre as presenças confirmadas estão Enrique Garcia, presidente do Conselho de Relações Institucionais para América Latina e Caribe do Fórum Econômico Mundial e ex-presidente da CAF; Otaviano Canuto, ex-diretor do Banco Mundial; Martin Schröder, diretor para o Brasil do banco alemão KfW, a maior instituição de fomento no mundo; Juan Ketterer, diretor de Mercados e Finanças do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Claudia Prates, diretora para as Américas do New Development Bank (NDB); Edgardo Alvarez, secretário-geral da Alide; Ángel Cárdenas, diretor de projetos do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF); Philippe Orliange, diretor regional da Agência Francesa do Desenvolvimento (AFD); e Maria Netto especialista de instituições financeiras do BID; entre outros.

Edgardo Alvarez, secretário-geral da Alide, destaca que existem características comuns nos desafios das economias latino-americanas, além de acordos internacionais que exigem maior participação dos bancos de desenvolvimento, incluindo o Acordo de Paris e a consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas.

“Por esse motivo, é necessário pensar a ação do setor a partir de uma visão comum para gerar iniciativas mais eficientes e mais focadas. Os bancos de desenvolvimento, como atores de mudança vinculados aos governos, são instrumentos úteis para adaptar as economias a estes novos desafios”, ressalta Alvarez.

Programação

No primeiro dia do evento, haverá um encontro fechado em formato de mesa-redonda de economistas-chefe de instituições que formam a Alide. Na pauta, está o papel das instituições financeiras de desenvolvimento no quadro das prioridades da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Serão discutidas ainda as tendências atuais que impactam o processo econômico da região, e outros aspectos como mudanças climáticas e gestão de riscos; infraestrutura sustentável e desenvolvimento territorial; economia 4.0 e digitalização no setor bancário; inclusão financeira e medição de impacto.

No segundo dia, aberto ao público mediante inscrições, um seminário técnico servirá como insumo para uma ampla troca de experiências sobre os aspectos fundamentais do financiamento ao desenvolvimento. O evento contará com painéis formados por especialistas em alto nível que vão tratar das estratégias para o financiamento do desenvolvimento; transformação digital e o impacto das novas tecnologias; e os desafios para a medição do impacto dos bancos de desenvolvimento e a conexão com a Agenda 2030 da ONU.



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