Desenvolvimento Social busca ampliar a empregabilidade de pessoas com autismo

No mês de conscientização para o transtorno, Sedese destaca a necessidade de parcerias para garantir o protagonismo dos portadores de TEA

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Um dos grandes objetivos da Coordenadoria de Apoio e Assistência à Pessoa com Deficiência (Caade), órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), é romper o preconceito e garantir a inserção de pessoas com Transtorno de Espectro Autista (TEA) no mercado de trabalho. 

Para se ter uma ideia, entre janeiro e abril, os 133 postos do Sistema Nacional de Emprego (Sine) em Minas Gerais garantiram a colocação de 165 pessoas com deficiência (PCDs) no mercado de trabalho, sendo apenas sete com deficiência intelectual, na qual se enquadra o autismo. O dado representa queda de 50% em relação a igual período do ano passado, quando garantiram vaga 14 trabalhadores. O número de postos de trabalho disponibilizados para PCD, em 2018, chegou a 250.

“Nosso objetivo, como gestores da política pública da pessoa com deficiência no Governo do Estado, é trabalhar ouvindo as demandas das famílias, das pessoas com deficiência para transformar isso em produtos para a gestão pública”, disse o coordenador da Caade, Wesley Barbosa Severino, lembrando que o compromisso do Estado é o de melhorar as condições de vida das pessoas com autismo.

A inclusão da pessoa com TEA se deu no Brasil com sanção da Lei 12.764 em 2012, o que foi um grande avanço para vencer os estigmas e o desconhecimento em relação ao potencial dos autistas. “É necessário que se dê oportunidades aos autistas para que se abram as portas no mercado de trabalho, nas áreas da saúde, cultura, esportes e educação”, enfatiza Wesley Severino.

“As pessoas com TEA têm habilidades.O que elas precisam é de oportunidades, de serem compreendidas. Não é uma conquista imediata, é algo para se construir ao longo dos anos, mas queremos destacar as habilidades que essas pessoas têm e as vantagens que as empresas teriam em contratá-las”, enfatiza a vice-presidente da Associação de Apoio à Pessoa com Deficiência Nossa Senhora das Graças (Agraça), Maristela Ferreira, que também faz o encaminhamento a emprego de autistas ao mercado de trabalho.

Segundo ela, hoje a inserção no mercado de trabalho das pessoas com deficiência intelectual, ainda é muito baixa se comparada a outras deficiências. A vice-presidente considera que é necessário que as empresas se conscientizem para que haja o cumprimento da Lei de Quotas para pessoa com deficiência, especialmente a intelectual.

TEA

O autismo é um distúrbio neurológico que prejudica o desenvolvimento da comunicação e das relações sociais da pessoa com o transtorno. Portadores de TEA normalmente têm dificuldade de interação social, de comunicação e tendem à repetição de comportamentos padronizados. O grau e a intensidade do autismo variam e o comprometimento pode ser mais severo ou mais leve, quando o portador consegue levar uma vida próxima do normal.

Neste mês da conscientização para o autismo, Wesley Severino enfatiza que é necessária a sensibilização da sociedade e a busca de parcerias para garantir o protagonismo dos autistas. “Como a lei que considerou o autista como deficiente ainda é recente, estamos articulando com entidades e o poder público para definirmos políticas públicas para esse segmento e garantirmos a inclusão dessas pessoas”.

A Coordenadoria de Apoio e Assistência à Pessoa com Deficiência (Caade) está apoiando e articulando uma série de ações durante todo o mês.
 

Confira a relação dos eventos clicando aqui.



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