Comando de Operações Especiais recebe treinamento

Curso para agentes de segurança penitenciários ensina uso com arma elétrica

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A Spark DSK 700 atua com frequência elétrica de alta voltagem e baixa amperagem
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Mais um compromisso de campanha do governador Romeu Zema, relacionado à Segurança Pública, está sendo cumprido. O Comando de Operações Especiais (Cope), do Sistema Prisional de Minas Gerais, participa nesta quarta-feira (20/3), de um treinamento específico.

Denominado “Habilitação da Arma de Dispositivo Elétrico Incapacitante para o modelo Spark DSK 700”, o curso é dirigido a 25 agentes penitenciários do Cope. Dividido entre aulas teóricas e práticas, o treinamento é ministrado pelo agente de segurança penitenciário, André Henrique de Oliveira Sanches, que participou de um curso com o fabricante da arma e é credenciado pela Polícia Federal para treinamento de profissionais da segurança pública.

O modelo Spark DSK 700 é produzido por uma empresa brasileira, que comercializa com forças de segurança no Brasil e no exterior. Conforme explica o agente Sanches, a arma torna a pessoa atingida incapaz de realizar movimentos voluntários, possibilitando, assim, a sua contenção com a ajuda de outro agente de segurança penitenciário. “O uso deste tipo de arma auxilia muito o nosso trabalho. É mais um recurso nas atividades do Cope”, diz o agente instrutor.

Apesar de não ser uma arma de fogo, o novo modelo deve receber atenção e cuidados como se fosse um armamento tradicional. A Spark DSK 700 atua com frequência elétrica de alta voltagem e baixa amperagem. Ela não afeta as funções vitais, mas age sobre o sistema neuromuscular, causando desorientação, fortes contrações musculares e queda, independentemente do porte físico da pessoa atingida. O uso do armamento se integra com outros programas de defesa tática e uso diferenciado da força pelos agentes de segurança penitenciários do Cope.
 

Crédito: Dirceu Aurélio/Seap

Os treinamentos e capacitações dos servidores estão entre as prioridades do Governo de Minas e da nova gestão do sistema prisional. Segundo o secretário de Segurança Pública, general Mario Lucio Alves de Araujo, os treinamentos dos servidores do sistema prisional são imprescindíveis para o bom desempenho da atividade exercida.

“Estamos trabalhando para que todos os servidores sejam treinados e capacitados. Eles precisam de cursos de reciclagem e nós estamos empenhados em organizar treinamentos presenciais e a distância que contemplem todas as áreas”, ressalta.

Comando de Operações Especiais

O grupamento responsável por agir em ocorrências de alta complexidade dentro das 197 unidades prisionais do estado é formado por 192 homens e dez mulheres.

Os agentes estão preparados para agir em todas as situações dentro do Sistema Prisional. O Cope tem dois grupos especializados. O Grupamento Tático de Escolta (GTE) é responsável pelos traslados – terrestres ou aéreos – municipais ou interestaduais dos presos. Já o Grupamento de Operações Especiais (GOT) é responsável pelas intervenções dentro das unidades prisionais, com objetivo de manutenção da ordem.

Em 2018, o Cope do sistema prisional mineiro realizou 23 intervenções em presídios e penitenciárias de Minas nas chamadas operações “pente fino”, para retirada de materiais não autorizados de dentro das celas e restabelecimento da ordem nas penitenciárias.



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