Circuito Frutificaminas leva orientação para produtores de banana e abacaxi do Triângulo Mineiro

Promovido pela Emater-MG, encontro será realizado nesta quarta-feira (12/7) em Canápolis

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 A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) vai promover um encontro com fruticultores do município de Canápolis e região, no Triângulo Mineiro, para orientar sobre o controle de uma praga muito comum nas lavouras de banana: o moleque-da-bananeira. O evento será realizado nesta quarta-feira (12/7), no parque de exposições da cidade, a partir das 13h. 

Emater / Divulgação

A reunião é mais uma etapa do Circuito Frutificaminas, realizado em todo o estado pela Emater-MG, com a promoção de várias palestras técnicas voltadas para os produtores rurais. Na etapa de Canápolis, além da bananicultura, a cultura do abacaxi também será destaque.

O moleque-da-bananeira é um besouro que há décadas causa prejuízo nos bananais do país. Ele tem hábitos noturnos e ataca o rizoma da planta, que é a parte do caule que fica sob o solo. “É uma praga silenciosa. Os produtores, na maioria das vezes, demoram a perceber a presença dela no pomar. Este inseto vive escondido no rizoma da bananeira, debaixo da terra, e só sai à noite, quando o produtor não está na lavoura”, informa o coordenador estadual de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio. Ele explica que o inseto abre galerias na parte interna da planta e suga a seiva da bananeira. “O sistema radicular da planta vai enfraquecendo. O sintoma aparece na parte aérea, com a diminuição do tamanho dos cachos até o tombamento da planta, muitas vezes antes do amadurecimento dos frutos”, diz. Na palestra em Canápolis ele irá explicar que existe controle químico, mas que há outras alternativas para o combate ao besouro. “Existe uma armadilha com uso de feromônio, substâncias que atraem os insetos do sexo oposto. Ela é feita com um pequeno recipiente, furado para a entrada do inseto, com água no fundo. Ele é atraído pelo cheiro, cai na água e morre afogado. De três a quatro armadilhas espalhadas em um hectare de lavoura são suficientes para o controle”, comenta Sanábio. De acordo com o coordenador da Emater-MG, é possível também atrair o inseto usando pedaços da própria bananeira como isca. “Como ele tem o hábito noturno, você coloca pedaços de rizoma espalhados na lavoura no início da noite. Eles vão funcionar como isca. O inseto será também atraído pelo cheiro do rizoma durante a noite. No dia seguinte, bem cedo, é só ir até os pedaços usados como isca e fazer a catação dos besouros”. Além do controle da praga, a palestra para os produtores de banana em Canápolis também irá tratar de outros cuidados, como o manejo necessário das touceiras da bananeira. Abacaxi A palestra sobre os cuidados com a bananeira será em um município famoso pela cultura do abacaxi. Segundo a Emater-MG, a bananicultura tem se tornado uma alternativa de renda na região e as lavouras estão se expandindo nos últimos anos. Atualmente, Canápolis já conta com aproximadamente 560 hectares de banana. A etapa do Frutificaminas de Canápolis também vai abordar assuntos importantes para os produtores de abacaxi. Uma das palestras do evento será “O controle integrado na doença da fusariose na cultura do abacaxizeiro”, com o engenheiro agrônomo e coordenador estadual de Fruticultura da Emater-MG, José Roberto Silva. A fusariose é causada por um fungo e está presente em todas as regiões do país. A doença atinge mudas, folhas e frutos, comprometendo até 80% de uma lavoura, se não houver controle adequado. Entre os sintomas estão a diminuição do sistema radicular, a má formação dos frutos, murcha progressiva e a morte da planta. “Ela é uma doença de difícil controle. Não tem um fungicida específico, então o produtor precisa adotar várias medidas durante a implantação da lavoura, condução e colheita dos frutos. A principal medida é o uso de mudas sadias”, afirma José Roberto. Ele diz ainda que outras práticas são importantes, como o monitoramento para erradicar as plantas com sintomas, controle de ervas daninhas e o uso de variedades mais resistentes à doença. O Triângulo Mineiro é responsável por 90% da produção de abacaxi em Minas Gerais. Somente o município de Canápolis conta com 800 hectares de abacaxi em produção e 500 hectares em formação. A participação dos produtores no Circuito Frutificaminas é gratuita. As inscrições para o evento de Canápolis devem ser feitas no local, a partir das 13h.



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