Centro Integrado de Comando e Controle completa oito anos

Estrutura pioneira no país reúne servidores das forças de segurança e outros órgãos públicos para a tomada de decisões rápidas, planejamento de operações conjuntas e monitoramento de áreas importantes para a segurança pública

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O coração operacional da Segurança Pública em Minas Gerais completa, nesta segunda-feira (15/3), oito anos de existência. Trata-se do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), um modelo pioneiro no país de monitoramento, planejamento operacional, pronta-resposta e ação em grandes eventos, executado de um único lugar.

O CICC é coordenado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e conta com a participação das forças de segurança mineiras e outras instituições de apoio. Lançado em 2013, surgiu como parte de um projeto do governo federal. A unidade funciona no Prédio das Alterosas, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. 

Trabalham lado a lado, no CICC, representantes da Sejusp, do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), da Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo (Suase), da Polícia Militar (PMMG), da Polícia Civil (PCMG), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Exército Brasileiro (EB), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), do Gabinete Militar do Governador/Coordenadoria de Estadual de Defesa Civil (GMG/Cedec), da Guarda Civil Metropolitana de Belo Horizonte (GCM-BH), entre outras forças e instituições que oferecem apoio quando necessário. 

No local, mais de 80 telas monitoram, 24 horas por dia e sete dias por semana, cerca de 1.300 pontos de BH e Região Metropolitana, além de rodovias pelo estado. Todo esse esforço de integração visa, em primeiro lugar, à tomada de decisões ágeis e inteligentes e, a partir dela, à otimização de recursos e à execução de ações coordenadas.

Em cada turno de trabalho, apenas na sala situacional do Centro Integrado, aproximadamente 45 profissionais atuam como olhos e mentes da Segurança Pública mineira. Principalmente em situações especiais ou de crise, como os megaeventos e os períodos de fortes chuvas, o local se transforma em um modelo-padrão do Sistema de Comando de Operações (SCO).

“As aprendizagens, ao longo do tempo, foram fundamentais para a consolidação desse ambiente de integração. Mudança de local, reformas estruturais, desenvolvimento de protocolos e aquisição de tecnologias fortaleceram a atuação das forças de segurança, transformando o espaço no grande catalisador da sinergia em Segurança Pública do nosso estado”, avalia o superintendente de Inteligência e Atuação Integrada da Sejusp, Leandro Almeida.

Planejamento

Além de monitorar áreas consideradas importantes para a segurança pública, o CICC desenvolve um trabalho de planejamento operacional. Em eventos coletivos de destaque, como Carnaval, grandes jogos e Virada Cultural de BH, o passo inicial é reunir as forças de segurança e demais agentes públicos envolvidos nos acontecimentos para traçar os planos de ação. A preparação é dividida em pequenos ciclos: avaliação de dados, análise de inteligência, definição de datas e equipes e distribuição de tarefas, até que a operação em si seja deflagrada. Um serviço minucioso que demanda perícia, eficiência e, acima de tudo, união. 

Os resultados são notórios. Nas eleições de 2020, houve um empenho de 30 mil homens e mulheres e 7 mil viaturas. Tudo monitorado do Centro. Outro exemplo foi o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no mesmo ano. Em Minas, um efetivo de quase 7 mil trabalhadores e 650 veículos foi responsável por cerca de 780 escoltas, que também foram acompanhadas do CICC.

Operações

Há ainda as megaoperações integradas que, por meio do CICC, realizam-se sob o direcionamento da Sejusp para contenção da criminalidade violenta. Entre 22 e 26 de fevereiro de 2021, a Caminhos de Minas, por exemplo, executada em rodovias por todo o estado e coordenada em parceria com a PMMG e a PRF, com objetivo principal de defrontar o narcotráfico, o roubo de carga e os crimes ambientais, resultou em mais de 16 mil indivíduos abordados, 3,9 toneladas de drogas apreendidas, 98 prisões, 23 armas apreendidas e quatro veículos localizados.

As operações podem também se dar em paralelo a outras unidades federativas. De 24 de outubro a 2 de novembro de 2020, foi realizada a Divisas Integradas III, com a coparticipação de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Na região do Triângulo Mineiro, 3.000 policiais e agentes realizaram 370 prisões, dez capturas de foragidos, apreensão de 183 kg de drogas e de 24 armas. Duas aeronaves, seis drones e mais de mil viaturas, apenas de Minas Gerais, estiveram igualmente empenhados na missão de combater o crime organizado, especialmente o tráfico de substâncias ilícitas.

CICC Móvel

O Centro Integrado de Comando e Controle é provido de três caminhões que exercem o papel de unidades itinerantes, denominadas CICC Móvel. Elas são equipadas com câmeras de longo alcance e diversos recursos tecnológicos de áudio, vídeo, informática e radiocomunicação. As estruturas são destinadas a atividades em áreas específicas de interesse operacional, como pontos estratégicos de grandes eventos e bases de megaoperações contra a criminalidade.



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