Campanhas educativas garantem controle e prevenção de doenças no ambiente prisional

Em 2019, somente nos primeiros quatro meses, mais de 6 mil detentos participaram das ações

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Profissionais são fundamentais nas unidades prisionais, onde seu trabalho garante a atenção básica à Saúde
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Mais de seis mil internos de 63 unidades prisionais de Minas Gerais participaram de campanhas educativas de Saúde, nos primeiros quatro meses de 2019. As ações educativas coordenadas pela Diretoria de Atenção à Saúde e Atendimento Psicossocial (DSP), da Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), divulgam informações sobre prevenção, tratamento e conscientização pertinentes às principais doenças que podem afetar o ambiente prisional, como as infectocontagiosas, hipertensão e diabetes. Além disso, as campanhas promovem discussões de temas relacionados à cidadania, reinserção social, saúde mental e uso de drogas.

De acordo com o coordenador da DSP, Pedro Otávio de Carvalho, em 2019, existe a perspectiva de ultrapassar o quantitativo das 713 campanhas realizadas no ano passado. “Além de contarmos com o apoio dos diretores gerais e de atendimento, para superamos esse número, é importante ressaltar a importância da participação dos profissionais dos Núcleos de Saúde, como médicos, enfermeiros, técnicos de Enfermagem, dentistas, auxiliares de consultório dentário e farmacêuticos”, explica.

Pedro de Carvalho cita, ainda, os assistentes sociais, psicólogos e terapeutas ocupacionais como peças fundamentais para atingir bons resultados. “Orientamos os profissionais da Seap a realizarem articulação com os municípios para a realização das campanhas educativas de Saúde, visando à integração da equipe e o trabalho multiprofissional”.

Vocação e conhecimento

A Semana da Enfermagem é comemorada no mês de maio, entre os dias 12 (Dia do Enfermeiro) e 20 (Dia do Técnico e Auxiliar de Enfermagem).

Esses profissionais são fundamentais nas unidades prisionais, pois seu trabalho garante que a atenção básica à Saúde seja valorizada e praticada junto à população carcerária, permitindo a prevenção, identificação e tratamento de doenças. A atividade leva segurança não apenas aos internos, mas também aos servidores que estão em contato diário com os presos.

A enfermeira Mariely Renata trabalha há quatro anos e meio no Presídio de Santa Rita do Sapucaí, localizado no Sul de Minas, e relata que, para realizar um bom trabalho, é necessário ter a vocação, pois as atividades em unidades prisionais possuem diversas especificidades. “É comum identificarmos internos chegando como dependentes químicos e outros com necessidades reais de utilização de remédios controlados, sendo que a identificação, acompanhamento e administração dessas medicações passam pelas responsabilidades do profissional de Enfermagem”.

Atualmente a unidade prisional conta com uma parceria com a secretaria municipal de saúde, que disponibiliza profissionais para atuar de forma integrada com os enfermeiros da unidade prisional. A cooperação permite a realização de consultas especializadas e a elaboração de planos de ação e acompanhamento dos pacientes.



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